O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa será cobrado, pela primeira vez, no ENEM deste ano. Veja as principais mudanças.
Essa é a primeira vez que as novas normas ortográficas serão cobradas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que acontece nos dias 5 e 6 de novembro.
Assinado em 1990 pelos países membros da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) para padronizar as regras de escrita do idioma, o tratado foi ratificado pelo Brasil em 2008, com implementação sem obrigatoriedade em 2009. Deveria estar valendo oficialmente desde 2013, mas, para facilitar a adaptação das pessoas, o governo adiou as mudanças para 1º de janeiro de 2016.
Agora, não dá mais para adiar. São, basicamente, mudanças em seis pontos: no alfabeto, acentos agudos, acentos diferenciais, circunflexos, hifenização e no trema.
Você já está preparado para escrever sua redação de acordo com as mudanças? Está com dúvidas sobre o que estudar? Vamos ajuda você a entender as novas regras e garantir sua vaga no ensino superior. Confira:
O que é o novo acordo ortográfico?
O novo acordo ortográfico que será cobrado no Enem deste ano não é novidade. Ele foi assinado em 1990 pelos países membros da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP), ratificado no Brasil em 2009 e teve inicialmente a implementação prevista para 2013.
Apesar disso, o governo brasileiro optou, à época, por adiar a implementação obrigatória para 1º de janeiro de 2016. Ou seja, agora não tem mais jeito. É oficial e os alunos que desejam conquistar boas notas no Enem devem se adequar às mudanças.
Principais mudanças do novo acordo ortográfico
Para facilitar a compreensão e para você ver que as coisas não mudaram tanto assim, a People separou as principais mudanças:
No alfabeto
Antes o nosso alfabeto oficial possuía 23 letras. Agora com o acréscimo do “k”, “w” e “y” temos um total de 26 letras.
Acento Circunflexo
Os verbos “ler”, “crer”, “ver” e suas derivações perderam o acento quando conjugados na terceira pessoa do plural. Por exemplo, antes era “vêem”, agora é “veem”; antes era “crêem”, agora é “creem”. E assim por diante. Outra mudança importante é o fato de que não existe mais acentuação circunflexa em palavras terminadas em “oo”. Por exemplo, antes era “vôo” e agora a escrita correta é “voo”.
Acento agudo
A mudança nos acentos agudos é um pouquinho mais complexa, mas nada de pânico! O acento não existe mais no caso dos ditongos abertos, ou seja, quando duas vogais encontram-se em uma mesma sílaba, como por exemplo “ei” e “oi”, das palavras paroxítonas (em que a sílaba com mais intensidade é a penúltima. Por exemplo, antes era “assembléia” e agora é “assembleia”. Antes era “colméia” e agora “colmeia” e assim por diante.
Trema
O trema, aqueles dois pontinhos como na palavra “cinqüenta”, por exemplo, não existe mais. Apesar disso, a pronúncia das palavras não mudou!
Acento diferencial
Essa acentuação era responsável por diferenciar palavras que são pronunciadas da mesma maneira. Por exemplo, antes era “pára” (verbo) e “para” (preposição). Agora ambos são escritos sem acento. Mas, atenção! Existem duas exceções para essa regra:
1- Pôr (verbo) ainda deve ser acentuado
2- Pôde (verbo conjugado no passado) também mantém o acento, para não ser confundido com pode (verbo no presente).
Hífen
O hífen deixou de existir nas palavras cuja segunda parte é iniciada em “s” ou “r”. Por exemplo, antes era “contra-regra” e agora é “contraregra”. Mas, mais uma vez preste muita atenção, pois essa regra também possui duas exceções:
Quando a primeira palavra termina em “r”, como por exemplo em “super-residente”, o hífen é mantido.
Quando a primeira parte da palavra termina com vogal e a segunda parte da palavra começa com vogal. Por exemplo, “auto-estrada”.