Saiba como é calculada a nota do Enem 2017

O número de acertos da prova do Enem não significa a pontuação exata. Isso porque cada acerto possui um peso diferente de acordo com o grau de dificuldade. O gabarito serve apenas para que o candidato tenha uma noção de como se saiu na avaliação. A prova é divida em grupos com grau de dificuldades diferentes e essa metodologia é chamada de Teoria de Respostas ao Item ou TRI.

Essa teoria foi elaborada como uma forma de avaliar melhor o grau de conhecimento dos candidatos. Segundo especialistas, ela cria uma escala de dificuldade, fazendo com que o candidato tenha mais pontos de acordo com o nível da questão que foi proposta.

Em primeiro lugar, as questões são divididas em grupos cada um com seu grau de dificuldade. O avaliador nota se o candidato teve muitos acertos em questões consideradas difíceis e poucos acertos em questões consideradas fáceis.

O que se nota nesse caso é que o candidato apenas chutou nas questões fazendo com que sua média caia. A nota final desse candidato passa a depender não só do número de acertos, mas também da dificuldade de cada questão acertada ou errada.

Segundo o MEC, essa metodologia de avaliação não altera em hipótese alguma o desempenho do candidato, apenas avalia de forma mais eficaz a competência de cada um, fazendo com que candidatos menos preparados tomem a vaga de outro mais preparado.

É importante frisar que se o candidato não tiver certeza da resposta é melhor um chute do que deixar a questão em branco. O Resultado Oficial do Enem de 2017 só será divulgada no dia 19 de janeiro. Por enquanto, os candidatos podem conferir seus acertos no gabarito extraoficial do primeiro dia de prova do Enem.

Como funciona o TRI

A TRI entende que alunos com mais conhecimento sobre determinado tema tendem a acertar um número maior de questões, desde as mais simples até as mais complexas. Esse tipo de análise é empregado nas quatro provas objetivas (Matemática, Linguagens e Códigos, Ciências da Natureza e Ciências Humanas). Conforme vai descobrindo o grau de proficiência do estudante no tema, o sistema vai atribuindo uma pontuação diferente a cada questão e isso gera um resultado totalmente imprevisível no final.

Esse é o motivo pelo qual é comum encontrar pessoas que acertam o mesmo número de questões, mas tiram notas completamente diferentes no boletim final do Enem.

O sistema também é capaz de identificar acertos aleatórios. E aqui temos outro cenário: pessoas que acertam questões mais complexas e erram as mais fáceis podem ter nota mais baixa do que aqueles que acertam apenas as mais fáceis. A TRI entende que se você acertou uma questão difícil, mas errou uma fácil sobre o mesmo tema, provavelmente marcou no chute!

É um modelo tão diferente que é impossível tirar notas extremas. Por causa da TRI, não dá para tirar zero nem a nota máxima (1.000 pontos) nas provas objetivas do Enem.

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Elaine Rezende